quinta-feira, 30 de agosto de 2007

As Fantasmas das Amantes do Tetra-bisavô "Herni"


Sim, pode parecer estranho eu usar esta imagem numa carta, mas era mesmo assim que eu as vi, as assustadoras fantasmas das amantes furiosas do meu tetrabisavô, o Duque Hermann von Tifon!
Desde que ele as assassinou egoistamente para ficar com mais outras duas "adequadas", que assombram a praça que dá para a estra secundária que dá para a nossa casa, desde as quatro até às sete horas da manhã. Ninguém quer encontrar-se com elas, pois sabe muito bem que se for um bruxo, estas irão descarregar a sua fúria sobre ele e arrastá-lo até à fonte, onde será o seu túmulo e é morada das três almas atormentadas. No entanto, têm um sentido de humou incrível e conseguem inventar piadas de qualquer nazi ou bruxo conhecido aqui pela Atlântida.
Enquanto isso, três fantasmas japonesas, vestidas com robes brancos qual três arrepiantes corujas das torres, quase não se vendo os seus pés, cabelos molhados pretos caídos para a frente, com olhares lúgubres e pálidas, ao observarem quietas como pedras a comovente cena de amor entre o bruxo mais implacável da Atlântida a seguir ao Assassino do Amor e ao Rei dos Bruxos e a bruxa mais malvada de toda a Atlântida; começaram a dançar graciosamente à volta da fonte, sorridentes qual três pombas loucas, desatando às gargalhadas, cantando assim nestas ladainhas em vozes fantasmagóricas que ecoavam por toda a praça:





Ô, ô, ô!
Nem vão acreditar...!
Onde já se viu coisa assim?
Ah, ah, ah!

Olhem de cima para baixo, irmãs náiades;
E regozijem em alegria, queridas irmãs,
O Duque Nazi dirigiu-se para a sua sinistra morada,
Ô, ô, ô,
A velha Bruxa de Fogo acompanhou-o, a pobre apaixonada!

Ô, ô, ô!
Quem conheceu o amor da sua vida esta noite?
Mal a terrível luz do Sol subiu no horizonte,
Reparámos num estranho encanto,
Digno de ser honrado pelo nosso pranto,
Que aqui mesmo aconteceu nesta fonte!
Ah, ah, ah!
Onde já se viu coisa assim?!
Ah, ah, ah!


A seguir, ouviu-se as dramáticas e finas sete badaladas do dia, anunciando às fantasmas, para se retirarem imediatamente até às águas da fonte, senão seriam reduzidas a cinzas pelos fortes raios do Sol. Lá foram elas, mergulhando por entre as estranhas bolhas da fonte a brilhar com o crepúsculo, galhofando qual desagradáveis gralhas, rindo às gargalhadas arrepiantes nas suas vozes lamuriosas por terem visto a cena de amor mais ridicula de toda as suas mortes!
Normalmente, quando o primo chega mais tarde sem ninguém para o acompanhar, elas começam a fazer parede contra ele, a assombrá-lo, dizendo serem as fantasmas das amantes do tetra-bisavô Herni a cantar descaradamente:


Duque Nazi, heia, hei,
Tenta apanhar-nos!
Ô, ô, ô!
Duque Nazi, heia, hei,
Tenta apanhar-nos!





A que apanhares, homezinho,
Dar-te-á um beijinho!
Mas tua esposa de Fogo, ah, ah, ah,
Dar-te-á um puxão de orelhas!
Ah, ah, ah, ah
Dar-te-á um puxão de orelhas!
Heia, hei!
Tenta apanhar-nos



Mas parece que hoje, ao verem aquela dama metropolitana tão importante num deserto negro cheio de florestas à direita e areia ccinzenta qual finos grãos de cimento, acharam que é aquilo era areia demais para a sua camioneta, portanto, decidiram que era melhor fazer explodir o pérfido rumour que há um caso entre a Serpente de Fogo e o meu querido priminho Coutinho!