quinta-feira, 9 de junho de 2011

História nos rolos de Pergaminho



Canção de amor bellante dedicado a uma jovem bruxa de origens mais nobres que a do autor , ano de 1339 depois de cristo.
O século catorze, caracterizado pela paz entre Norte (ocupado maioritamente pelos Japoneses e Chineses) e pelo Sul (Aztecas e Árabes), deu início a uma série de troca entre culturas e classes. Foi uma época de paz, com o Rei dos Bruxos Gelrar I (de origem árabe).

Apesar de não haver histórias excitantes sobre bruxos ou feiticeiros, o Reinado de Gelrar trouxe a poesia a todos os Bellantes.

A palavra escrita, cantada ou declamada, era arte sagrada, e começou a formar-se um estilo de caracteres únicos para o alfabeto bellante.

As mulheres - mais as bruxas que as outras mulheres de classes inferiores - começaram a tatuar as costas com os poemas que os seus amados lhes dedicavam.

Era um sinal de verdadeiro amor - e serventia. As cantigas de amor bellantes ilustram muito o que os humanos ficavam encantados pelas princesas e donzelas, filhas e senhoras da Magia Negra.







Por Ziloni Quetzal (Pássaro Amarelo)



Mulher bellante,



Mulher de pele dourada, de mármore ou de chocolate,



Sois mistério, sois um desfiladeiro, sois o empate,



Entre todas estas imagens, se debate o amante,



E, ei-la, deusa, feiticeira, princesa,



Ei-la, a que distribui as cartas na mesa,



A confundi-lo, e a todos a quem mostra o seu riquíssimo vestido!







Mulher bellante,



Serão esses longos cachos de cabelos encaracolados uma divina visão,



Ou uma armadilha para esconder, atrás das saias de seda,



Uma espada mergulhada em sangue?



Ou apenas a certeza de poder tocar a vossa delicada mão,



Mulher enigmática, letal, poderosa Atena!



Estou emaranhado nas tranças dela, e por mim, a minha dona sente pena!











Mulher bellante,



Que escondeis vós por detrás desse véu?



Cortina púrpura de uma personalidade graciosa,



Serei capaz de descobrir a branca garça a voar no céu,



Daqueles belos olhos azuis, safiras polidas, incrustadas em pele maravilhosa,



Ou sereis mais uma dessas raposas que aponta uma adaga



No coração de qualquer incauto homem, sereis uma venenosa baga?











Mulher bellante,



Princesa que fez-me cair neste labirinto,



Que desejeis que eu cante?



Lábios rosados de flor de lótus ensanguentada,



Eu juro que não vos minto!



Aqui prosto-me, de joelhos e a tocar o chão, perante a minha senhora honrada,



Rainha, dá-me a tua mão sem anel, exangue, para só a vós pertencer!




http://http//pt.wikipedia.org/wiki/Trovadorismo#A_cantiga_de_amor