quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Grito da Verdade (Aviso)


A verdade da Dimensão Mágica toda dita da boca de Jessica Magnetite von Tifon através da sua experiência e das antigas memórias escritas por Rwebertan Samiel Di Euncatzio, o primeiro bruxo de todos os bruxos, o terrível Assassino do Amor no seu leito de morte.


Um anjo caído com a misteriosa necessidade de contar para a sua Atlântida (que tanto o desprezou e o temeu) o passado da vida e o futuro do pais que amaldiçoou com estas palavras:




Quando as princesas atingirem a maturidade, aí, agarrarei o último grito da verdade que restar deste ridículo país, que tanto amei e desprezei...!




tudo isso e as dúvidas que precisam de saber em acerca da Atlântida, da Dimensão Mágica e de tudo mais em tifon-ogritodaverdade.blogspot.com




c.catigirl@gmail.com - o meu e-mail


Fico à espera de novidades... - Famosa frase dita no "17-Jessica" (o meu diário!) e Crónicas do Tempo e da Lógica

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O Jovem Amor Atlante (Parte II)

«O amor pode ser generoso, mas também pode ser cruel - com o Assassino do Amor, foi terrivelmente cruel!» Famosa porção dum dos raros discursos do misterioso General B. Estou a começar a ficar farta de tanto mistério! A sério que se ouvir mais uma vez esse nome, expludo de curiosidade...!



Uns lábios delicados e deliciosos tocaram no rosto do rapaz, e este sorriu muito corado, acompanhando a sua amiga, e, segurou cuidadosamente a mão da rapariga dos seus sonhos qual um lindo filhote de passarinho.
Que lindo casal que eles fazem!
Preciso desesperadamente de alguém para amar, beijar, dar carícias e dizer “amo-te” na orelha, senão ficarei para trás, e percorria qual hábil e rápido relâmpago na minha vssoura todas as árvores, chamando incessantemente o meu coraçãozinho!
O vento frio da manhã ia contra mim, mesmo assim, eu não desistia de ziguezaguear por entre o bosque, com os olhos a vasculhar por cada sombra ou penumbra (dizem que se encontra o nosso príncipe encantado se se ver primeiro a sua sombra) estranha ou que não pertecencesse à floresta ou a uma fada. Com a minha fiel mão direita adivinha, astuta e poderosa como uma cobra, consigo localizar qualquer cyborg que ande pelas redondezas, mas, o meu indicador direito parecia não ter encontrado até agora.


Dei um suspiro frágil e lugúbre, fazendo parar a vassoura de súbito, olhando para cima, e vislumbrando as monstruosas montanhas dos distantes Alpes das Sereias, uma cadeia montanhosa onde, por mais assustador que pareça, diz por aí que se ouve vozes de mulheres a cantar lindamente melodias fúnebres e tristes. Dizem que lá era a antiga morada do Rei dos Bruxos, e onde forças sinistras habitam os altos montes, aterradores a altas horas da noite se passeiam. Eu faço parte da magia negra, é por isso que sei destas coisas. Por exemplo, com a minha apurada orelha direita que consegue ouvir tudo, escutei ontem gritos terríveis e botas a ressoarem na fronteira do rio que dá para a Alemanha, os lacaios fantasma de Hitler (soldados nazis e demónios) a percorrerem os montes em busca da passagem para o Limbo dos Espelhos que há no assombrado Vale da Morte. Enfim, contam-se lendas muito estranhas de lá: homens sem cabeça; homens com cabeça de peixe; pássaros com mãos e pernas humanas; mulheres com pescoços que se esticam até os cinco metros de altura; mouras encantadas que esperam a salvação de um cristão puro para depois o devorarem inteiro com os seus dentes de morcego! Ora, em termos geográficos, por assim dizendo, a Zona Histórica e as Florestas de Cristais dão para a foz de muitos dos pequenos riachos e água que corre lá no Norte da Atlântida.
Daí, a famosa garrafa de óptima água “Sereia”, a SPV aproveita tão bem a límpida água transparente dos Alpes das Sereias que até já uma barragem. Rio-me de tais lendas disparatadas! Então os Demónios não deviam estar na Fronteira. A Deusa do Caos, Eris, não guarda com cuidadoso zelo os portais negros para se certificar que nenhum demónio ou fantasma começe a assombrar a Atlântida? Então, para quê tanta mexeriquice e boatos das gentes do Norte? É só mesmo para a SPV enriquecer cada vez mais! Nunca fui supersticiosa, e não há-de ser este ano que me vou tornar! Fantasmas e demónios nos Alpes das Sereias... Que tolice! Eu só acredito em Deus e no amor, e mesmo assim, é raro verem-me na igreja aos Domingos.
Agora a minha orelha, procurava ouvir não a magia negra, mas sim a branca, algum sinal de um cyborg que tivesse passado por lá.
- Queridinho, meu amor, onde estará o meu coração? – Comentava um pouco preocupada.
Soprei um beijo para o vento, com as mãos em oração, procurando o meu bem amado, onde é que ele estará?
Será que sonha comigo, tal como Nälden sonha com uma linda menina de cabelos pretos e olhos tão azuis quanto o céu...?
Será que anseia poder tocar nos meus lábios tão ternamente como eu anseio poder tocar nos seus...?
Ainda não encontrei o meu amor, mas ele há-de aparecer, prometo-te! «Como é que ele irá bater à porta...?» Já te digo: ouvirei um cavalgar triunfante, acompanhado por um órgão divino romântico, vou estar nas nuvens, e, depois, aparecerá, num bravo e branco corcel, um garboso e forte jovem, olhos resplandecentes e tão sinceros como as doces castanhas quentes de Outubro polvilhadas de canela; vai trazer chocolates nos bolsos, e eu saberei que ele é “O Tal” quando me pegar pelo colo e fizer rir às gargalhadas.
É meloso não é? Pois, mas sempre que penso nisso, a minha cabeça já está na Lua, e sinto-me tão feliz, tão feliz que até o vejo como uma versão mais nova do meu avô: meio ruivo, meio moreno, rosto fresco e bem comportado, um sorriso tridente, e uma voz máscula e atraente, chamando carinhosamente pelo meu nome.
Fiquei mergulhada nos meus raros e doces pensamentos – eu nunca sou romântica, só quando vejo que estou realmente só e vejo que não há problema, de outro modo, se as crianças não estiverem por perto, fico mais sarcástica e fria que uma pedra – durante minutos e minutos. Quando eu estou assim, ando pelos cantos a cantarolar, não sou nem respondona nem cínica. Pelo contrário! Sou muito mais boazinha...!


Tão aluada estava que nem reparei que uma mão metálica se depositou calmamente no meu ombro, uma mão forte de um homem....

(Continua ...)