Mas como…? Eu partilhava e partilho a mesma opinião do meu primo, afinal, este assunto da guerra não nos vai levar a lado nenhum, e só trará mais infelicidades ao nosso lindo país.
Porém, que armas utlizaríamos para derrotar e desmascarar o autor que enfureceu os deuses e foi castigado para o mais escuro dos infernos? Segundo objectivo: descobrir quem é que começou a Guerra Civil. E imediatamente, caso contrário, não restará nada da maravilhosa Atlântida para salvar e recuperar.
Levantou-se animadadamente qual chefe disposto a fazer um projecto bem feito, mais bem-disposto, lembrando-se de nós e da sua outra missão diplomática urgente com a feiticeira branca, o primo, decidiu ir correr até à sua casa, para pelo menos salvar a situação política dos Bruxos com as Feiticeiras Brancas. Bravo, primo!
Assim é que é! Pensei eu ao vê-lo tão concentrado e preocupado por se ter esquecido dessa visita diária. Já era meio caminho andado, creio eu. Mas… Havia algo de muito fácil, sem dificuldades, não há vitória!
Mal ele sabia que uma mulher jovem, de estatura baixa e magra qual um pequeno palito, ancas largas que saltavam à vista de qualquer bruxo mulherengo, cabelo preto escorregadio e lustroso apanhado por uma trança enorme qual serpente venenosa, marcava no seu telemóvel para um número desconhecido, com maneira muito indiscretas.
Os seus olhos azuis claros enganadores e bonitos brilhavam de manhã com uma raiva enorme, pois porventura seria a sétima vez que ela marcava o número e se não desse sinal, a prostituta numa posição provocadora não teria outro remédio senão passar-se e dar cabo do seu brinquedo de terceira geração.
Batendo com o sapato de salto alto no granito gasto, os seus lábios pintados exageradamente de marrom fizeram um gemido de desespero.
- Atende, querido! – Suplicou ela num choro lamentável e patético. – Atende! Vá lá, bebé! Não me deixes sem saldo!
Talvez um bruxo amante daquela mulher de vinte anos, mas…Não sei!
Ela girava o seu anel de aço com uma pedra de jade incrustada na bonita peça de joalharia repetidas vezes, enquanto o fazia estava atenta ao que o meu primo estava a fazer, e ao fazê-lo, ficava mais fraca.
Quase de joelhos, cinco minutos depois, com os meus poderes de audição, consegui ouvir uma voz distorcida a indagar:
- Porquê tanto barulho, Princesa? Estava a dormir tranquilamente.
Porque razão estaria ele assim tão próximo da mulher.
Seja como for, ela apressada, vendo que o meu primo já ia a correr, respondeu:
- Bebé, temos de tomar medidas drásticas, o Von Tifon anda a pensar se consegue trazer a paz para este país, sabes o que significaria?
Subitamente, uma força semelhante à intensidade de mil raios de todas as mitologias atingiu-me a mim e à minha sombra com tanto poder concentrado nessa bola de fogo que caímos num arbusto perto da esquina onde a jovem mulher estava a conversar.
Devia ter sido aquele bruxo, (o meu padrasto tem muitas amantes, hem?), e somando as parcelas, fiquei com um terrível calafrio na espinha, não poderia ser o “querido” que eu conheço. Não, esse não.
Aterrorrizou-me toda a vida em Londres por causa das terríveis atrocidades que cometeu, mas não falemos disso.
- Silêncio! – Avisou. – Tenho a sensação que uma certa bruxa anda a seguir-me. Nestes jogos, é preciso a máxima cautela, minha senhora. Devo relembrá-la, Princesa, que em caso algum deve mencionar o meu nome, muito menos em diminuitivo.
Logo, mudou para um tom mais aberto e trocista:
- Carina; minha Princesa; tesoro; mon amour; baby, feines lieb: continua a usar o anel que lhe ofereci? Amanhã quero-o bem polido no seu dedo para levá-la a almoçar em minha casa.
A atrevida rapariga mudou de expressão ao som destas cruéis palavras, que lhe atravessaram o anelar esquerdo qual veneno espetado por uma terrível serpente, cujo estava posta a linda jóia, e este começou a faíscar, brilhando em tons de pequenas chamas prateadas, saídas do pequeno membro delicado, fazendo com que a mulher soltasse gritos de agonia, caíndo com os joelhos no chão a sangrar de energia mágica muito poderosa.
Desta vez , a voz do bruxo tomou um tom mais cínico, rindo-se:
- Lamento imenso o seu sofrimento, Princesa! Talvez três dias suavizassem mais o seu ardor e paixão que tem por mim. Então, no Dia da Magia Negra está bem para si? Não se esqueça de tentar seduzir o General von Tifon. Ele é um homem fraco de mente, tal como todos os outros, deixa-se levar pelas emoções e pelas suas visões paranóicas em vez de utilizar a razão e o racciocínio para resolver os seus problemas. Será fácil conquistar o coração mole do velho tolo! O pobre diabo está cada vez a ficar mais transtornado, anda solteiro há mais de cem anos, os seus órgãos sexuais provavelmente já devem estar a dar as últimas.
Aí é que a rapariga soltou uma gargalhada sádica, e ao arrumar com falsa delicadeza o seu baton marrom comprado especialmente em Nova Iorque na sua pirosa e desumana mala de pele de lince ibérico, concordou com o seu frio admirador:
- Estou chocada, chocadíssima das coisas que dizes acerca do nosso amado duque. Mas se assim o desejas, irei consolar o coitadinho. Xauzinho, amor!
Dizendo estas últimas duas palavras, ela beijou o telemóvel numa forma sensual e, abanando os seus exagerados seios, carregou com as longas unhas pintadas no botão vermelho para acabar a chamada. Infelizmente, o homem interrompeu-a (que poder de sedução e vocabulário sensual fantástico que o meu padrasto tem!):
- Calma, não vai certamente apressar as coisas, doce Princesa? Só
gostaria de lhe dizer que a amo como nunca amei uma mulher em toda a minha vida, minha querida. Vereemo-nos em breve, minha pombinha!
Aí, a conversa melada terminou, sem perceber lá muito o que se passava, fui levada subitamente para mais longe, onde é que não fazia a mínima ideia. Era interessante, a voz meiga, ondulada, fina e doce da mulher era idêntica à de Sara, porém esta tinha um toque de malicía e vaidade na pronúncia atlante. Quem seria aquela estranha, no entanto bizarra bruxa…?
Então era assim que se parecía uma bruxa adulta, nunca tinha visto uma em carne e osso, para além da Spectinha.
As bruxas não se parecem nada com o que se diz nos contos de fadas. E esta era tinha uma beleza rara: pálida como um inofensivo floco de neve, cabelos louros como a palha mal tratada – pintados é claro – abundantes a voar sobre uma calma brisa que trazia gentilmente consigo as folhas de Outono. Olhos azuis tão claros como duas raras safiras da mais longínqua montanha, as pequenas maçãs do rosto cobertas por um invulgar pó-de-arroz branco de cal com um pouco de rosa púdico. Lábios pequenos e carnudos num rosto triangular que comportava bem o lindo rosto da deusa da noite suave e de baixa estatura, vestida com um lindo vestido preto com um um perigoso decote decorado rendas vermelhas de seda, e asas de uma linda borboleta venenosa cresciam nas suas costas frágeis e nos ombros direito e esquerdo descobertos usava duas tatuagens com um pentágono no esquerdo e o símbolo do signo zodiacal Leão. No pescoço tinha um brilhante colar de grandes diamantes e rubis do tamanho de cerejas, mais para baixo, as suas mãos e braços delicados estavam “tapados” com luvas de brilhante cetim de cor-de-vinho. Por baixo do apertado vestido sem alças que ajustava perfeitamente às curvas da jovem mulher de vinte e oito anos, só se viam os sapatos de salto alto vermelho lustroso, e a cada passo que esta dava, exibia uma das suas pernas torneadas e finas como a de uma gazela.
Porém, que armas utlizaríamos para derrotar e desmascarar o autor que enfureceu os deuses e foi castigado para o mais escuro dos infernos? Segundo objectivo: descobrir quem é que começou a Guerra Civil. E imediatamente, caso contrário, não restará nada da maravilhosa Atlântida para salvar e recuperar.
Levantou-se animadadamente qual chefe disposto a fazer um projecto bem feito, mais bem-disposto, lembrando-se de nós e da sua outra missão diplomática urgente com a feiticeira branca, o primo, decidiu ir correr até à sua casa, para pelo menos salvar a situação política dos Bruxos com as Feiticeiras Brancas. Bravo, primo!
Assim é que é! Pensei eu ao vê-lo tão concentrado e preocupado por se ter esquecido dessa visita diária. Já era meio caminho andado, creio eu. Mas… Havia algo de muito fácil, sem dificuldades, não há vitória!
Mal ele sabia que uma mulher jovem, de estatura baixa e magra qual um pequeno palito, ancas largas que saltavam à vista de qualquer bruxo mulherengo, cabelo preto escorregadio e lustroso apanhado por uma trança enorme qual serpente venenosa, marcava no seu telemóvel para um número desconhecido, com maneira muito indiscretas.
Os seus olhos azuis claros enganadores e bonitos brilhavam de manhã com uma raiva enorme, pois porventura seria a sétima vez que ela marcava o número e se não desse sinal, a prostituta numa posição provocadora não teria outro remédio senão passar-se e dar cabo do seu brinquedo de terceira geração.
Batendo com o sapato de salto alto no granito gasto, os seus lábios pintados exageradamente de marrom fizeram um gemido de desespero.
- Atende, querido! – Suplicou ela num choro lamentável e patético. – Atende! Vá lá, bebé! Não me deixes sem saldo!
Talvez um bruxo amante daquela mulher de vinte anos, mas…Não sei!
Ela girava o seu anel de aço com uma pedra de jade incrustada na bonita peça de joalharia repetidas vezes, enquanto o fazia estava atenta ao que o meu primo estava a fazer, e ao fazê-lo, ficava mais fraca.
Quase de joelhos, cinco minutos depois, com os meus poderes de audição, consegui ouvir uma voz distorcida a indagar:
- Porquê tanto barulho, Princesa? Estava a dormir tranquilamente.
Porque razão estaria ele assim tão próximo da mulher.
Seja como for, ela apressada, vendo que o meu primo já ia a correr, respondeu:
- Bebé, temos de tomar medidas drásticas, o Von Tifon anda a pensar se consegue trazer a paz para este país, sabes o que significaria?
Subitamente, uma força semelhante à intensidade de mil raios de todas as mitologias atingiu-me a mim e à minha sombra com tanto poder concentrado nessa bola de fogo que caímos num arbusto perto da esquina onde a jovem mulher estava a conversar.
Devia ter sido aquele bruxo, (o meu padrasto tem muitas amantes, hem?), e somando as parcelas, fiquei com um terrível calafrio na espinha, não poderia ser o “querido” que eu conheço. Não, esse não.
Aterrorrizou-me toda a vida em Londres por causa das terríveis atrocidades que cometeu, mas não falemos disso.
- Silêncio! – Avisou. – Tenho a sensação que uma certa bruxa anda a seguir-me. Nestes jogos, é preciso a máxima cautela, minha senhora. Devo relembrá-la, Princesa, que em caso algum deve mencionar o meu nome, muito menos em diminuitivo.
Logo, mudou para um tom mais aberto e trocista:
- Carina; minha Princesa; tesoro; mon amour; baby, feines lieb: continua a usar o anel que lhe ofereci? Amanhã quero-o bem polido no seu dedo para levá-la a almoçar em minha casa.
A atrevida rapariga mudou de expressão ao som destas cruéis palavras, que lhe atravessaram o anelar esquerdo qual veneno espetado por uma terrível serpente, cujo estava posta a linda jóia, e este começou a faíscar, brilhando em tons de pequenas chamas prateadas, saídas do pequeno membro delicado, fazendo com que a mulher soltasse gritos de agonia, caíndo com os joelhos no chão a sangrar de energia mágica muito poderosa.
Desta vez , a voz do bruxo tomou um tom mais cínico, rindo-se:
- Lamento imenso o seu sofrimento, Princesa! Talvez três dias suavizassem mais o seu ardor e paixão que tem por mim. Então, no Dia da Magia Negra está bem para si? Não se esqueça de tentar seduzir o General von Tifon. Ele é um homem fraco de mente, tal como todos os outros, deixa-se levar pelas emoções e pelas suas visões paranóicas em vez de utilizar a razão e o racciocínio para resolver os seus problemas. Será fácil conquistar o coração mole do velho tolo! O pobre diabo está cada vez a ficar mais transtornado, anda solteiro há mais de cem anos, os seus órgãos sexuais provavelmente já devem estar a dar as últimas.
Aí é que a rapariga soltou uma gargalhada sádica, e ao arrumar com falsa delicadeza o seu baton marrom comprado especialmente em Nova Iorque na sua pirosa e desumana mala de pele de lince ibérico, concordou com o seu frio admirador:
- Estou chocada, chocadíssima das coisas que dizes acerca do nosso amado duque. Mas se assim o desejas, irei consolar o coitadinho. Xauzinho, amor!
Dizendo estas últimas duas palavras, ela beijou o telemóvel numa forma sensual e, abanando os seus exagerados seios, carregou com as longas unhas pintadas no botão vermelho para acabar a chamada. Infelizmente, o homem interrompeu-a (que poder de sedução e vocabulário sensual fantástico que o meu padrasto tem!):
- Calma, não vai certamente apressar as coisas, doce Princesa? Só
gostaria de lhe dizer que a amo como nunca amei uma mulher em toda a minha vida, minha querida. Vereemo-nos em breve, minha pombinha!
Aí, a conversa melada terminou, sem perceber lá muito o que se passava, fui levada subitamente para mais longe, onde é que não fazia a mínima ideia. Era interessante, a voz meiga, ondulada, fina e doce da mulher era idêntica à de Sara, porém esta tinha um toque de malicía e vaidade na pronúncia atlante. Quem seria aquela estranha, no entanto bizarra bruxa…?
Então era assim que se parecía uma bruxa adulta, nunca tinha visto uma em carne e osso, para além da Spectinha.
As bruxas não se parecem nada com o que se diz nos contos de fadas. E esta era tinha uma beleza rara: pálida como um inofensivo floco de neve, cabelos louros como a palha mal tratada – pintados é claro – abundantes a voar sobre uma calma brisa que trazia gentilmente consigo as folhas de Outono. Olhos azuis tão claros como duas raras safiras da mais longínqua montanha, as pequenas maçãs do rosto cobertas por um invulgar pó-de-arroz branco de cal com um pouco de rosa púdico. Lábios pequenos e carnudos num rosto triangular que comportava bem o lindo rosto da deusa da noite suave e de baixa estatura, vestida com um lindo vestido preto com um um perigoso decote decorado rendas vermelhas de seda, e asas de uma linda borboleta venenosa cresciam nas suas costas frágeis e nos ombros direito e esquerdo descobertos usava duas tatuagens com um pentágono no esquerdo e o símbolo do signo zodiacal Leão. No pescoço tinha um brilhante colar de grandes diamantes e rubis do tamanho de cerejas, mais para baixo, as suas mãos e braços delicados estavam “tapados” com luvas de brilhante cetim de cor-de-vinho. Por baixo do apertado vestido sem alças que ajustava perfeitamente às curvas da jovem mulher de vinte e oito anos, só se viam os sapatos de salto alto vermelho lustroso, e a cada passo que esta dava, exibia uma das suas pernas torneadas e finas como a de uma gazela.