sexta-feira, 6 de agosto de 2010

História ao Lado - Noite no Castelo do meu "Protector"...

Uma voz assustou a jovem rapariga enquanto uns lábios respiravam desejo nos ombros delicados e de chocolate:

- Boa noite.

A Sara estava outra vez no quarto, deitada na sua cama de pele de tigre. O Obergruppenführer Heydrich sorria, ao ver que ela se afastava dele. Era impossível evitá-lo. Estava acorrentada com aquelas grilhetas de ferro sobre a quente cama de pele.

Lá fora, a neve caía docemente sobre as janelas. A jovem estava completamente nua. Os seus seios eram como umas pequenas bolas de futebol. O seu corpo, belo e quase intocado, permanecia imóvel, como que paralisada pelo terror que sentia por aquele homem.

Os olhos negros dela agora eram como duas pedras preciosas a brilharem na penumbra da noite. Os cabelos negros e suaves caiam sobre as mãos magras e pálidas do terrível nazi, que apreciava como um predador, a sua presa.

O longo nariz do violinista tocou suavemente no pescoço dela. A princesa bem que tentou fechar os olhos, mas o pesadelo continuava a estar ali. O grande quarto luxuoso, decorado com papel vermelho de sangue, ainda estava ali. A neve continuava a cair lá fora, na noite de Praga.

Suor frio escorreu pela testa dela.

- Herr Obergruppenführer... Por favor, pare! O que é que a sua mulher Lina irá pensar? - Exclamou ela, sentindo-se terrivelmente magoada.

Sara apenas obteve como resposta um beijo nos ombros, coisa que a deixou bastante enojada.

Aqueles olhos azuis cinzentos continuavam a olhar para ela. Mas desta vez, estavam rígidos que nem uma pedra.
Escutou-se um estalo de chicote! Embora a Sara tenha ficado ainda mais aterrorizada, o chicote de couro, perfumado em bauniha, não para a ferir.

Ela sentiu-o bem perto do queixo, como uma serpente a enrolar-se no pescoço dela. A cara oval do homem, a boina de oficial com a caveira de prata, o uniforme...tudo era deliciosamente tentador e diabólico.

Ela estava mais vermelha do que um tomate, à medida que o chicote passava como uma brisa a acariciar-lhe as faces.

- Chio...Não me trate por Obergruppenführer . - Sussurrou a voz aguda de Heydrich no ouvido dela.

Ele abriu de rompante as pernas dela e lambeu o sítio que ele nunca devia tocar.

- Quero sentir a taça nas minhas mãos, minha querida. - A voz dele tornava-se cada vez mais perversa.

Porém, as mãos dela tentaram chegar furiosamente até ele.

- Jamais serei sua! - Disse ela entre dentes, ao tentar chegar ao pescoço dele. Mas em vão. Contudo, ela esboçou um sorriso corajoso. - Mesmo que me torture com as piores chamas do Inferno, a minha alma jamais lhe pertencerá, seu diabo!

Os olhos penetrantes de Heydrich olharam-na e ela sentiu de imediato um calafrio terrível. Eram olhos de um assassino. As mãos dele pegaram no chicote e com um ar malicioso, ele avisou:

- Ingrata! Não me desafies, meu amor. - O chicote passeou pelo pescoço dela como uma cobra uma vez mais, e a voz do homem suou naquele momento como o sibilo de uma víbora!

A Sara permaneceu quieta. Uma cobra só larga a presa quando esta deixa de lutar. Enquanto ela respirava bem fundo para não sentir desejo sobre aquele homem, ele continuava a acariciá-la com o chicote.

Após uns minutos, ele deixou-a em paz. Levantou-se e atirou uma nuvem de fumo para a cara dela com um cigarro.

- Amanhã...eu voltarei...E só espero que não seja tão mal-educada, Princesa!

Ele fechou arrogantemente a porta com um gesto melodramático, deixando Sara com um grande alívio...